domingo, 8 de junho de 2014

Arte na idade media

Louvre em Paris e

o palácio dos Papas, de Avinhão na França.

 Na Itália, os edifícios em estilo gótico são de autoria de artistas que

anunciavam o Renascimento. Como a Igreja de São Francisco de Assis, a catedral

de Santa Maria Del Fiore e o Palazzo Vechi, em Florença e os palácios comunais de

A finalidade primordial da pintura gótica era ensinar a criação divina e, num

sentido mais didático, narrar as Escrituras para o maior número de pessoas, quase

sempre analfabetas. Os temas eram religiosos, tirados da tradição bizantina. Além

das histórias da Bíblia, representava-se também a vida dos santos e a iconografia

de Cristo, particularmente a crucificação, capítulo central da teologia da Idade

 Embora as pinturas fossem freqüentemente substituídas pelos vitrais, são

comuns as pinturas em painéis de madeira e sobre relevos. As figuras adquirem

mais naturalidade, e o colorido é mais vivo. Os pintores do gótico elaboraram uma

pintura carregada de simbolismo, a fim de tocar emocionalmente o observador. São,

também, notáveis as pinturas em manuscritos (iluminuras). No final do período,

surge a preocupação com a perspectiva, melhorando as proporções entre figuras

Pilar dos Anjos, Catedral de Estrasburgo

Em geral, a escultura gótica está integrada na arquitetura. A princípio, as estátuas

eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado

predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. Eram

estátuas-colunas. Aos poucos, ela foi-se libertando das rígidas formas românicas e

adquirindo maior expressão,

primeiramente, no rosto e, depois nos movimentos. Além dessa variação no tempo,

há grande diferenciação de um lugar parara outro. Na fase final da Idade Média, as

figuras já apresentam uma grande naturalidade. Os escultores buscavam dar um

aspecto real e humano às figuras retratadas (anjos, santos e personagens bíblicos).

 A separação em relação à arquitetura torna-se um fato e as esculturas

começam a se destacar como obras independentes. As roupas ficam mais pesadas

e se multiplicam as dobras, que já não são lineares e rígidas, mas sim onduladas,

expressivas e mais naturais.

DANÇA E MÚSICA MEDIEVAL

Durante toda a Idade Média, a música profana fez parte da corte medieval.

Servia para dançar, para animar o jantar, para se ouvir. Era indispensáveis

em cerimônias civis, militares, feriados e outras ocasiões festivas com danças

folclóricas, e também para animar os Cruzados quando partiam para a Terra Santa

ou de júbilo, quando regressavam das suas campanhas.

Os jograis pertenciam à outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam,

tocavam, dançavam, faziam acrobacias e exibiam as habilidades de animais

domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões, entretinham a

nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como

vagabundos e viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por

trazerem as novidades e as notícias de outras terras.

A dança de roda é seguramente o tipo coreográfico mais difundido na Europa

e em todo o mundo. A sua simplicidade contribuiu decerto para isso: os dançadores

formam uma roda, intercalando os do sexo masculino com os do feminino. Na

fórmula mais difundida, dão as mãos uns aos outros, virados para o centro do

círculo, evoluindo a roda no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. De vez

em quando, nas ocasiões em que a música o sugere, param e batem palmas, para

de seguida retomarem o movimento circular.

Além da simplicidade, autores há que atribuem a sua divulgação ao valor

mágico do círculo e da evolução em círculo. Seja como for, a roda é a mais primitiva

forma de dança coletiva. O seu tipo medieval mais conhecido é a carole, que era

seguramente cantada pelos dançadores, primeiro por um solista, a que respondiam

 No século XIV aparece entre os nobres, o Momo, um gênero de dança que

serviu como base do futuro ballet-teatro. Era uma espécie de Carolas onde os

participantes dançavam mascarados e disfarçados.

Nos bailes de Momos dançava-se a Mourisca, uma dança importada dos árabes,

em ritmo binário, marcada por batidas dos pés ou, em caso de cansaço, dos

calcanhares. O movimento da coreografia era o seguinte: bate-se o calcanhar

direito (no chão) / bate-se o calcanhar esquerdo / bate-se os dois calcanhares (um

no outro) / suspiro. Na verdade, as partituras indicam uma pausa no momento do

suspiro. O momo tornou-se uma dança espetáculo quando começou a ser dançado

como atração entre os pratos de um banquete.

 Já no final do século XV o momo estava estabelecido com firmeza nas

cortes de príncipes. Apresentava, então diversos elementos dos ballets de corte

(antecessores dos ballets de repertório), como dançarinos, cantores, músicos,

carros, efeitos de maquinaria; mas faltava-lhes a "alma" do espetáculo: uma ação

dramática coordenada e a diversidade das danças, pois apenas dançavam a Carola

No final da Idade Média a dança e a música tornaram-se parte de todos os

VESTUÁRIO MEDIEVAL

As roupas e os sapatos da época eram bastante volumosos e escondiam

quase inteiramente o corpo, especialmente o da mulher. As mais jovens até

chegavam a revelar o colo, mas a Igreja sempre desaprovou os decotes. Pode-se

dizer também que já existia moda, naquele tempo, com a introdução de novidades

na forma de vestidos, chapéus, sapatos, jóias, etc.

Vestuário básico das mulheres incluía roupa de baixo, saia ou vestido longo,

avental e mantos, além de chapéus com formas as mais variadas (imitando a

agulha de uma torre, borboletas, toucas com longas tiras) e exagerados (em alguns

locais foi preciso alterar a entrada das casas para que as damas e seus chapéus

pudessem passar). Na época, cabelos presos identificavam a mulher casada,

enquanto as solteiras usavam cabelos soltos.

As cores mais usadas pelas mulheres eram o azul real, o bordô e o verde

escuro. As mangas e as saias dos vestidos eram bufantes e compridas. As mais

ricas usavam acessórios, como leques e jóias.

Para os homens, o vestuário se compunha de meias longas, até a cintura,

culotes, gibão (uma espécie de jaqueta curta), chapéus de diversos tamanhos e

sapatos de pontas longas. Os tecidos variavam de acordo com a condição social

dos cavaleiros, o clima, a ocasião e local e, nos dias de festa, por exemplo, usavam

ricas vestimentas, confeccionadas com tecidos orientais, sedas, lã penteada e

veludo. E festa é o que não faltava, o ano inteiro, nas feiras e nas datas religiosas

e profanas da Europa Medieval. Tanto nos castelos quanto nas vilas, aldeias e

cidades, em tempos de fartura, tudo era motivo para comer, beber e dançar, com

fantasias, máscaras, procissões, muita alegria e até certos excessos.

Os camponeses, apesar do sofrimento e a da penúria, gostavam de festas,

danças e músicas. Várias danças folclóricas européias originam-se de festas e

danças populares medievais

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