domingo, 8 de junho de 2014

Musica

Música medieval é o termo dado à música típica do período da Idade Média durante a História da Música ocidental europeia. Esse período iniciou com a queda doImpério Romano e terminou aproximadamente no meio do Século XV. Determinar o fim da Era medieval e o início da Renascença pode ser arbitrário; aqui, para fins do estudo de Música, vamos considerar o ano de 1401, o início do Século XV.
Melodia gregoriana - A rápida expansão do cristianismo exige um maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana no século VI. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionalizou o canto gregoriano, através de uma reforma litúrgica, que se tornou modelo para a Europa católica. A notação musical sofre transformações, e os neumas são substituídos pelo sistema de notação com linhas a partir do trabalho de vários sacerdotes cristãos, sobretudo, Guido D'Arezzo (992-1050); que foi o responsável pelo estabelecimento desse sistema de notação musical de onde se originou a atual pauta musical. Foi ele, que noséculo XI designou as notas musicais como são conhecidas atualmente, usando o texto de um hino a São João Batista (originalmente em latim), onde cada estrofe inicia com uma nota musical: anteriormente, as notas eram designadas pelas sete primeiras letras do alfabeto latino. Desse modo, as notas musicais passaram a ser chamadas UT, RE, MI, FA, SOL, LA e SI. Posteriormente o nome DO substituiu o UT. O nome da nota SI formou-se das letras iniciais do último verso do hino como pode ser visto a seguir:
Ut queant laxis Resonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solve polluti Labii reatum Sancte Ioannes
Que significa:
"Para que teus servos, possam ressoar claramente a maravilha dos teus feitos, limpe nossos lábios impuros, ó São João."

Receita

VINHO DE ESPECIARIAS (hipocraz)


O Hipocraz é uma bebida medieval inventada por um médico grego do século 5 aC. Esta bebida é produzida a partir de vinho vermelho, mel e especiarias. Este vinho doce é criado com as especiarias reias como a canela, o cardamomo (tipo de gengibre), o cravo e o gengibre.

Vinho branco leve, 3 litros
Açúcar, 60 g
Canela em pó, 8g
Cravinho em pó, 4 g
Baunilha em pó, 
¼ de colher de café.

Põem-se tudo de infusão durante duas semanas, agitando de tempos a tempos. Côa-se por papel-filtro, engarrafa-se e guarda-se no frigorífico. Na Idade Média, esse hypocraz bebia-se a qualquer hora do dia – antes, durante ou no fim das refeições -, servia-se como tempero culinário e era tido em grande apreço, por, à força do vinho, juntar a doçura do açúcar e os aromas das especiarias. Hoje em dia, com gelo picado e água, dá um agradável refresco.

Variante Moderna 

Vinho tinto maduro, 2 litros
Açúcar, 400 g
Canela em pó, 10 g
Cravinho em pó, 2 g

Ferve-se o cravinho em 1 dl do vinho, mistura-se com os restantes elementos e depois côa-se por papel-filtro, engarrafa-se e guarda-se no frigorífico.

Poemas

Texto:

Nou skrinketh rose ant lylie-flour,
That whilen ber that suete sauour

In somer, that suete tyde;
ne is no quene so stark ne stour,
Ne no leuedy so bryht in bour
That ded ne shal by glyde.
Who-se wol fleysch lust forgon
Ant heuene blis abyde,
On Iesu be is thoht anon,
That therled was ys side.

From Petresbourh in o morewenyng,
As y me wende o my pleyghyng,

On mi folie y thohte;
Menen y gon my mournyng
To hire that ber the heuene kyng,
Of merci hire bysohte:
'Ledy, preye thi sone for ous
That ous duere bohte,
Ant shild vs from the lothe hous
That to the fend is wrohte.'

My herte of dedes wes fordred,
Of synne that y haue my fleish fed
Ant folwed al my tyme,
That y not whider I shal be led
When Y lygge on dethes bed,
In ioie ore into pyne.
On o ledy myn hope is,
Moder ant virgyne;
[We] shulen into heuene blis
Thurh hire medicine.

Betere is hire medycyn

Then eny mede or eny wyn.
Hire erbes smulleth suete;
From Catenas into Dyuelyn
Nis ther non leche so fyn
Oure serewes to bete.
Mon that feleth eni sor,
Ant his folie wol lete,

Withoute gold other eny tresor
He may be sound and sete.

Of penaunce is his plastre al,
Ant euer seruen hire y shal,
Nou ant al my lyue;
Nou is fre that er wes thral
Al thourh that leuedy gent ant small
Heried be hyr ioies fiue!
Wher-so eny sek is,

Thider hye blyue;
Thurh hire beoth ybroht to blis
Bo mayden ant wyue.

For he that dude is body on tre,
Of oure sunnes haue piete
That weldes heouene boures!
Wymmon, with thi iolyfte,
Thou thench on Godes shoures!

Thah thou ne whyt ant bryth on ble,
Falewen shule thy floures.
Iesu, haue merci of vs,
That al this world honoures.

Amen.
Tradução:


Agora a rosa e o lirio estão desaparecendo,
Aqueles que antes docemente cheiravam

Durante o verão, tal prazerosa estação;
Não há nenhuma rainha tão poderosa ou forte,
Ou qualquer dama tão radiante em seu quarto,
A qual morte não irá toma conta.
Se alguem quiser desistir de prazers carnais
E experimentar a benção dos céus,

Tal pessoa deve imediatamente direcionar seus pensamentos à Jesus,
Tal corpo que foi perfurado.

Conforme eu fui de Peterborough certa manhã
Em busca de prazer
Eu pensei sobre meu erro;

E começei a lamentar
Para aquela que deu luz ao Rei do Céu,
E implorei por sua misericordia:
'Dama, ore por nos para seu filho
Que nos comprou tão ternamente
E proteja-nos do palacio amaldiçoado
Que foi feito para o Diabo.'


Meu coração estava cheio de medo pelo que tinha feito,
Pelo pecado pelo qual eu alimentei minha carne,
E o segui toda minha vida,
A tal ponto em que eu ja não mas sei a onde serei levado
Quando eu repousar em meu leito de morte,

Se será para a alegria ou tormento.
Minhas esperanças estão com esta dama,
Mãe e virgem;
Devemos entrar na benção dos céus
Através de sua cura.

O seu remédio é melhor
Do que qualquer hidromel ou vinho.

Suas ervas cheiram docemente;
De Caithness até Dublin
Não há medico tão bom
Em curar nossos problemas.
Qualquer um que sinta qualquer dor
E esta pronto para abandonar seus erros,
Sem ouro ou nenhum tesouro
Ele poderá ser saudavel e estar em paz.


Seu remédio é constituido de toda penitência,
E eu para sempre irei servi-la,
Agora e por toda minha vida,
Agora este esta livre que antes era um escravo,
Tudo por causa daquela dama bela e graciosa --
Que suas cinco alegrias sejam louvadas!

Sempre que alguem estiver doente
Este deve ir lá imediatamente;
Através dela são trazidos à felicidade
Ambas virgens e mulheres casadas.


Pelo amor daquele que foi crucificado,
Tenha piedade de nossos pecados,
Você que reina sobre as câmaras do Céu!
Mulher, com a sua frivolidade,
Pense nos sofrimentos enviados por Deus!
Mesmo que você for de pele clara e radiante,
Suas flores murcharão.

Tende piedade de nós Jesus,
Glorificado por todo o mundo.

Amem. 


Página do manuscrito MS Harley 2253, f. 80rb

Brincadeiras e Diversoes

AS BRINCADEIRAS INFANTIS DA IDADE MÉDIA
Desde os tempos antigos que os brinquedos tiveram um importante papel na vida das crianças. Por milhares de anos crianças brincaram com brinquedos dos maisvariados tipos. Bolinhas de gude foram usadas por crianças no continente africano há milhares de anos
Na Grécia Antiga e no Império Romano, brinquedos comuns eram barquinhos e espadas de madeira, entreos meninos, e bonecas entre as meninas
Durante a Idade Média, os fantoches eram brinquedos muito comuns entres as crianças 

Para que possamos entender melhor as brincadeiras da idade média(inicio do século XVII) são utilizadas informações presentes no diário do médico Heroard sobre o Delfim da França. 
O menino brincava com cavalo de pau, cata vento, pião e com um ano e cinco meses deidade já tocava violino e cantava ao mesmo tempo, sabendo-se que o instrumento não era nobre na época. A música e danças tinham um grande valor na época, com a mesma idade o menino jogava malha, que nosdias de hoje equivale a um jogo de golfe.
Com dois anos e sete meses ele ganha de presente uma “pequena carruagem cheia de bonecas”, era normal que meninos e meninas dividissem esses mesmos brinquedosNa noite de natal Delfim ganhou uma bola e algumas quinquilharias italianas, como uma pomba mecânica e eram destinados tanto a ele quanto a rainha
Já com cinco anos praticava aro, xadrez, jogos comraquetes, rimas, ofícios e mímicas
Luís XIII dançava balé e dança de meninos de aproximadamente quinze anos
Aos sete anos, deixa de lado os brinquedos e começa a caçar e atirar, a praticar jogos deazar, assistir brigas
Por volta de 1600, as brincadeiras eram feitas só na primeira infância, logo se começa a jogar jogos de azar e fazer coisas de adultos. No fim do século XV, os jogos maisfrequentes, eram os de cavalaria, caça e cabra-cega
Antigamente os adultos não davam tanto valor ao trabalho, como hoje em dia, dá-se a entender na questão das brincadeiras.

Cartao Postal

Jogos

Muitos dos jogos que conhecemos, só chegaram até nós graças a Afonso X, Rei de Castela e Leon. Filho de Fernando III e Beatriz de Suabia, viveu de 1221, ano de seu nascimento em Toledo, a 1284 ano de sua morte em Sevilha, tendo reinado desde 1252 até à sua morte.

Cognominado "O Sábio", Alfonso, apesar de ter tido um reinado complicado, com guerras internas além da luta contra os muçulmanos, teve uma importante contribuição no campo da cultura, especialmente por ter inserido em Castela e Leon os preceitos do Direito Romano. Sob seu comando, organizou-se extensa doutrina e legislação.
No que toca aos jogos, mandou Afonso X que fosse produzido o "Libro de axedrez, dados e tablas". E é graças a essa obra que muitos dos jogos antigos chegaram ao nosso conhecimento. O livro citado, é o primeiro a trazer problemas de xadrez, ressalvando-se, porém, que a movimentação das peças descritas era, naquela época, diversa do xadrez jogado hoje em dia. Afonso teve a sensibilidade de perceber nos jogos, uma forma importante de manifestação cultural. Estão descritos na obra os jogos de cultura hispânica e árabe, conhecidas na península Ibérica, no norte da África e na Ásia menor, isto é, jogos de uma grande parte do mundo conhecido da época. Assim, são descritos os jogos de xadrez (com origem na Índia), trilha (de origem egípcia), tábula (que dá origem ao gamão, jogada pelos romanos), o alquerque árabe, uma versão de xadrez para quatro jogadores, e um jogo conhecido como " Los Escaques", jogado em um tabuleiro circular, entre outros.

Arte na idade media

Louvre em Paris e

o palácio dos Papas, de Avinhão na França.

 Na Itália, os edifícios em estilo gótico são de autoria de artistas que

anunciavam o Renascimento. Como a Igreja de São Francisco de Assis, a catedral

de Santa Maria Del Fiore e o Palazzo Vechi, em Florença e os palácios comunais de

A finalidade primordial da pintura gótica era ensinar a criação divina e, num

sentido mais didático, narrar as Escrituras para o maior número de pessoas, quase

sempre analfabetas. Os temas eram religiosos, tirados da tradição bizantina. Além

das histórias da Bíblia, representava-se também a vida dos santos e a iconografia

de Cristo, particularmente a crucificação, capítulo central da teologia da Idade

 Embora as pinturas fossem freqüentemente substituídas pelos vitrais, são

comuns as pinturas em painéis de madeira e sobre relevos. As figuras adquirem

mais naturalidade, e o colorido é mais vivo. Os pintores do gótico elaboraram uma

pintura carregada de simbolismo, a fim de tocar emocionalmente o observador. São,

também, notáveis as pinturas em manuscritos (iluminuras). No final do período,

surge a preocupação com a perspectiva, melhorando as proporções entre figuras

Pilar dos Anjos, Catedral de Estrasburgo

Em geral, a escultura gótica está integrada na arquitetura. A princípio, as estátuas

eram alongadas e não possuíam qualquer movimento, com um acentuado

predomínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. Eram

estátuas-colunas. Aos poucos, ela foi-se libertando das rígidas formas românicas e

adquirindo maior expressão,

primeiramente, no rosto e, depois nos movimentos. Além dessa variação no tempo,

há grande diferenciação de um lugar parara outro. Na fase final da Idade Média, as

figuras já apresentam uma grande naturalidade. Os escultores buscavam dar um

aspecto real e humano às figuras retratadas (anjos, santos e personagens bíblicos).

 A separação em relação à arquitetura torna-se um fato e as esculturas

começam a se destacar como obras independentes. As roupas ficam mais pesadas

e se multiplicam as dobras, que já não são lineares e rígidas, mas sim onduladas,

expressivas e mais naturais.

DANÇA E MÚSICA MEDIEVAL

Durante toda a Idade Média, a música profana fez parte da corte medieval.

Servia para dançar, para animar o jantar, para se ouvir. Era indispensáveis

em cerimônias civis, militares, feriados e outras ocasiões festivas com danças

folclóricas, e também para animar os Cruzados quando partiam para a Terra Santa

ou de júbilo, quando regressavam das suas campanhas.

Os jograis pertenciam à outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam,

tocavam, dançavam, faziam acrobacias e exibiam as habilidades de animais

domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões, entretinham a

nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como

vagabundos e viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por

trazerem as novidades e as notícias de outras terras.

A dança de roda é seguramente o tipo coreográfico mais difundido na Europa

e em todo o mundo. A sua simplicidade contribuiu decerto para isso: os dançadores

formam uma roda, intercalando os do sexo masculino com os do feminino. Na

fórmula mais difundida, dão as mãos uns aos outros, virados para o centro do

círculo, evoluindo a roda no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. De vez

em quando, nas ocasiões em que a música o sugere, param e batem palmas, para

de seguida retomarem o movimento circular.

Além da simplicidade, autores há que atribuem a sua divulgação ao valor

mágico do círculo e da evolução em círculo. Seja como for, a roda é a mais primitiva

forma de dança coletiva. O seu tipo medieval mais conhecido é a carole, que era

seguramente cantada pelos dançadores, primeiro por um solista, a que respondiam

 No século XIV aparece entre os nobres, o Momo, um gênero de dança que

serviu como base do futuro ballet-teatro. Era uma espécie de Carolas onde os

participantes dançavam mascarados e disfarçados.

Nos bailes de Momos dançava-se a Mourisca, uma dança importada dos árabes,

em ritmo binário, marcada por batidas dos pés ou, em caso de cansaço, dos

calcanhares. O movimento da coreografia era o seguinte: bate-se o calcanhar

direito (no chão) / bate-se o calcanhar esquerdo / bate-se os dois calcanhares (um

no outro) / suspiro. Na verdade, as partituras indicam uma pausa no momento do

suspiro. O momo tornou-se uma dança espetáculo quando começou a ser dançado

como atração entre os pratos de um banquete.

 Já no final do século XV o momo estava estabelecido com firmeza nas

cortes de príncipes. Apresentava, então diversos elementos dos ballets de corte

(antecessores dos ballets de repertório), como dançarinos, cantores, músicos,

carros, efeitos de maquinaria; mas faltava-lhes a "alma" do espetáculo: uma ação

dramática coordenada e a diversidade das danças, pois apenas dançavam a Carola

No final da Idade Média a dança e a música tornaram-se parte de todos os

VESTUÁRIO MEDIEVAL

As roupas e os sapatos da época eram bastante volumosos e escondiam

quase inteiramente o corpo, especialmente o da mulher. As mais jovens até

chegavam a revelar o colo, mas a Igreja sempre desaprovou os decotes. Pode-se

dizer também que já existia moda, naquele tempo, com a introdução de novidades

na forma de vestidos, chapéus, sapatos, jóias, etc.

Vestuário básico das mulheres incluía roupa de baixo, saia ou vestido longo,

avental e mantos, além de chapéus com formas as mais variadas (imitando a

agulha de uma torre, borboletas, toucas com longas tiras) e exagerados (em alguns

locais foi preciso alterar a entrada das casas para que as damas e seus chapéus

pudessem passar). Na época, cabelos presos identificavam a mulher casada,

enquanto as solteiras usavam cabelos soltos.

As cores mais usadas pelas mulheres eram o azul real, o bordô e o verde

escuro. As mangas e as saias dos vestidos eram bufantes e compridas. As mais

ricas usavam acessórios, como leques e jóias.

Para os homens, o vestuário se compunha de meias longas, até a cintura,

culotes, gibão (uma espécie de jaqueta curta), chapéus de diversos tamanhos e

sapatos de pontas longas. Os tecidos variavam de acordo com a condição social

dos cavaleiros, o clima, a ocasião e local e, nos dias de festa, por exemplo, usavam

ricas vestimentas, confeccionadas com tecidos orientais, sedas, lã penteada e

veludo. E festa é o que não faltava, o ano inteiro, nas feiras e nas datas religiosas

e profanas da Europa Medieval. Tanto nos castelos quanto nas vilas, aldeias e

cidades, em tempos de fartura, tudo era motivo para comer, beber e dançar, com

fantasias, máscaras, procissões, muita alegria e até certos excessos.

Os camponeses, apesar do sofrimento e a da penúria, gostavam de festas,

danças e músicas. Várias danças folclóricas européias originam-se de festas e

danças populares medievais